(Arquivos do sertão )
No diskete do juizo
Arquivei cada uma cena
Das serras e dos serrotes
Campos e manhã serena
Que sem clicar acesso
Cada uma página plena
Cada cena ainda me
acena
Meu chip mental preciso
E abro a página do sertão
Vejo açude e barro liso
Fazendas currais e gado
E cada cena repriso
O Sertão meu paraíso
Armazenei no diskete
Mental e vejo roçado
Nas lembranças minha Net
Onde assisto os
canais
Do pensar que se repete
Pensamento é a internet
Que sem precisar de senha
Acesso e entro no site
Da página que desenha
Casebre puleiro e galo
Pilão e fogão de lenha
Meus dados
mentais se empenha
sem clicar vejo
arquivos
Das vaquejadas e prados
Novena em cenários vivos
No pendrive dos neurônios
Forró dança e aperitivos
Nós acervos exclusivos
Eu vejo cascata e serra
Cacimbas e os chiqueiros
e a criação que berra
Na minha tela mental
procissões na minha
terra
Vejo a paz vencer a guerra
Na TV e no cinema
Onde o filme tem vaqueiros
Xique Xique e Jurema
E a caatinga é o cenário
Do sertão que é o tema
Ganho um Oscar sem problema
De prazer nessa viagem
Acessando esse filme
Mental eu vejo barragem
Na CPU da memória
Onde a alma faz filmagem
Estrofes do poeta Gonzaga Neto
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