A dor de Lúcifer - Poeta de papel

 

A

dor de Lúcifer 

O verão congela,

A noite brilha 

Resplandecente de luz viva. 

A dor é carinho, 

A Rosa não é a flor, 

Mas sim o espinho.

Sou portador de luz

Que alumbra a penumbra 

De meu imo penoso

Que seduz esse mundo sem rumo 

Sou a estrela do amanhã

Pecado pregado em mim 

De maldade humana sem fim. 

Eu posso ter aberto a porta 

Mas foi tu quem fez a escolha. 

A vida te julga,

O libido da Morte te aconchega.

Eu comecei a malevolência sou o progenitor dela

Mas os filhos ascendem os pais.

Parem de me colocar a culpa de vossos actos carnais.

Ainda sou um anjo de luz 

Mas não ilumino vossos pecados, 

Cada um carrega sua cruz. 

É no jardim do inferno

Onde cada flor

Cheira equivalente a toda bosta 

Que comeu na terra.

 

Autor- Poeta de papel 

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