Eu canto essas canções desafinadas que apregoam desgraças - Maximiliano da Rosa



eu canto essas canções desafinadas que apregoam desgraças


eu canto essas canções desafinadas que apregoam desgraças

eu canto: eu canto

a apatia dessa gente

eu canto a dissolução da terra,

que vai se exaurindo,

que sufoca e geme e chora

 

não é que não haja beleza no mundo

não é que não haja no homem qualquer centelha de bondade e humanidade

não, não é

é que todos os dias eu vejo aquele grande relógio que conta o fim dos dias

eu vejo

o tempo veloz e veloz passando e passando e parece que o ocaso não tarda

eu vejo

o mundo

eu vejo o homem

eu vejo a dança,

a agonia

o desandar

um dia será tarde

e todo choro de nada valerá

a metafísica não salva


Autor: Maximiliano da Rosa


Esse poema está inscrito no Concurso RANKING POÉTICO Coletânea de poemas: www.bistrodomatuto.com/2021/10/concursoranking.html

Apoie as ações do BISTRÔ DO MATUTO : www.youtube.com/c/Bistr%C3%B4doMatuto

adquirindo nossos e-books:

www.amazon.com.br/s?k=lunas+de+carvalho+costa&__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=2EODHU7UES8Q0&sprefix=lunas%2Caps%2C411&ref=nb_sb_ss_ts-doa-p_1_5

E nossos livros:

https://loja.uiclap.com/?s=lunas+de+carvalho+costa&post_type=product


Comentários