INSÍGNIAS DAS DORES - Urbano Leafa


 I

NSÍGNIAS DAS DORES


 I

Se ao olhar um espaço vazio,
O frio dos verbos lhe engasga.

Faltam palavras e se dilui na brisa do silêncio.

O silêncio é gritante,
e nada é como antes,

o antes, se destaca!
A vida vem depois,

nos alojamos no agora,
que nunca vem.

E você;
torna-se refém desse fluxo.

E o mundo,
ejacula essa dor.

És um pensador,
O magnífico ser,
que pensa a dor.

                   II

Se o que pensas,
é lúdico .

E o mundo o renega.

Isto é culpa das festas de sorrisos,
Das guerras de afagos.

E tu nota que é um farrapo de ouro,
nos pilares da saudade,
és o olho.

Num círculo onde a maldade é o eixo,
E teus desejos são quadrados.

Onde o fato,
é a solitude do vento,
que tenta derrubar o muro criado por humanos.

Humanos que derrubam seu próximo,
destruindo a célula de sua própria unidade.

És um sonhador,
O magnânimo ser.
que sonha com a dor.

                    III

Mas todo sonho pode ser real,
pode se realizar.

Realize:

o amor;
os afagos;
as metas;
as setas de prosperidades;
a cidade alagada de maldade;
o louvor;
o favor;
o pavor que não assusta.

És um realizador,
O esplêndido ser,
que realiza a dor.

                     IV

Para ser realizador,
É preciso aprender a colaborar.

O cônjuge o verbo amar,
sem o verbo possessivo.

O monte do egoísmo não atinge as nuvens da humildade.

O egoísmo é um monte raso,
Qualquer altura é mera ilusão de ótica.

Temos que colaborar com todos,
E não só os próximos de você.

Assim você deixa sua essência fluir.

És o colaborador,
o honroso ser,
que colabora com a dor.

Autor: Urbano Leafa

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