O mentecapto - Nay Harrison de Lucena


 

O mentecapto


Logo que me disseres amém, que aborte o dilema

Não confunda os fatos da patologia humana, por favor

Ora, não venhas dizer quem é o sóbrio ou o mentecapto

Poeta é poeta por que é

Compreendo não

Por que rebentas as fibras do infinito?

Deixas que ele ceda e caia bruscamente dentro de um líquido

E desentale docilmente como essas meras palavras

Que saem de minha mente e garganta para o universo

O dorso carrega ardor e impulso

Ainda diante dos obstáculos ele é um gênio

Fruto dos organismos e da realidade irreal

Essa nobre entidade

Haver uma badalação de ervas

Que impulsionam as veias dessa mente

É o incenso

Pra que ser tão direto?

Pra que questionar?

Em outras palavras sou amante

Com receio de tudo e sem receio de nada

Buscando prosperar.


Autora: Nay Harrison de Lucena



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