A viagem - FELIPE DE MATOS

 A viagem

Todos queremos um dia

 sair em uma viagem,  

 Pelas estradas da vida.

Um dia peguei uma  carona.

Com quem estava ao meu lado.

 Palavras ao vento ou inexistência  de palavras,

Diante das costuras do relento que o tempo trança.

Cheguei no meu ponto desejado,

E tu seguintes teu caminho.

Como toda carona te agradeci,

Um comum adeus, formal até.

Vem o tempo e traz de volta a lembrança daquele adeus,

Confesso não esperava te reencontrar assim:

Intensamente, em

 uma noite sem fim.

Sorrisos e trocas de afeto.

Se soubessemos lá no tempo da viagem,

Que viveriamos esse encanto.

Não teria  perdido tanto tempo.

Mas no vagão do trem da vida,  

O tempo sempre  sabe quem sobe e quem desce.

Ouso a dizer que, ele também  sabe o local do reencontro.

Fico com teu cheiro.

Fico com teu sorisso.

Não esquece, 

Caso minhas palavras cheguem até ti,

Saibas que as palavras que ouvi do teu coração,

E que pensavas que era brincadeira, não eram,

São muito verdadeiras.

Não sou arrogante e nem mesmo soberbo,

Mas eu  sei que houve,

Tanto em mim quanto em uma ti, uma pequena vertente de sentimento.

O que fazer dessa vertente?

Espero que não seja como na primeira viagem 

Que dessa vez saibamos lidar com curvas, 

Fazendo  para nós um manancial.

Não quero perder a segunda viagem.

Provei a ti que sou um bom passageiro, 

Cabe a nós, 

Organizar um novo roteiro.

AUTOR : FELIPE DE MATOS

Esse poema está inscrito no Concurso RANKING POÉTICO Coletânea de poemas: www.bistrodomatuto.com/2021/10/concursoranking.html

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