Atiraram em minhas asas...
Com a munição da verdade crua...
Cruel reerguer-me nesse lamacento solo de sangue...
Dos casulos que se vingaram… poucos os jardins que passeiam as borboletas...
Poucas as crianças que brincam no balanço...
Meus pensamentos remotos teimam fazer-me vítima desse holocausto...
Nesse infame salão de baile constrói a história brasileira...
De que valores falamos?
Qual democracia vivemos?
Os entraves do exército brasileiro ressurgem da moralidade vergonhosa...
Prenda os pedregulhos da ignorância fatídica do poder
Nos pelourinhos com ‘designer’ de Oscar Niemeyer...
Diariamente chibatadas ecoam ao vento
Suave gume de navalha cortou minhas asas
Qual foi o prometido da terra santa?
Que a alma de canhão desenha nos ares?
Verti em lágrimas de Hiroshima
Perambulo corredores de refugiados
Crianças assassinadas
Cruel… desumano… democrático...
Tantos anos para reeditar a madrasta
Basta a nação mãe!
Assim fui ao enterro da minha alegria
O recinto estava repleto de tecidos manchados de mofo,
Escondendo a surpresa da tristeza
Que resistente combatia o medo
Em minha cabeça, sem as máscaras
Da futilidade e o regozijo
Dos pardais bêbedos
Oh! Reis coroados de açafrão-bastardo!
Autora: Elaene Suzete de Oliveira Pereira
Esse poema está inscrito no Concurso RANKING POÉTICO Coletânea de poemas: www.bistrodomatuto.com/2021/10/concursoranking.html
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