Era colonial
2021 é era colonial
Tem general ganhando mais 200 mil
Abrindo a boca pra falar de voto impressão
Pagando pro centrão ficar disperso
Ordem e progresso no país do retrocesso
Excesso de dinheiro eles têm
Compra mansão picanha
E no bolso só plaque de 100
Pra que esqueceram de nos
17 e confirma o desastre tá feito
Leito, emprego, leite para as crianças nem se vê
Tentar ensinar cultural
Num cenário onde a quebrada não tem mistura
Não tem escola
Onde tráfico parece ser a única salvação
Eles vão dizer que não
Corre pelo errado quem quiser
Irmão! pensa
Oportunidade não chega nos baixa renda
Que a escola cai o teto e o prefeito da aval
Vejo mães nos desespero
Contando que pausa pra respirar
Já tá faltando a tempos
Mas como vive se o 7x1 não fica na lembrança
Todo dia uma recordancia
Me lembro
Dos guerreiros que deram suas vidas
Pra nos tá aqui
Da luta organizada dos quilombos
Até o levante das ocupação
Cansamos de ter nossa história traçada
Por aqueles que sempre nos jogaram na vala
Do encarceramento em massa
Invalidaram nosso povo
Nas igrejas as indulgência gritam
Junto ao apagamento do nosso povo
Marco temporal?
Quem descobriu o Brasil não foi Portugal
Bancada ruralista grila e desmata
Homem branco abaixa tua arma
Tamo no corre e não é por um Brasil feliz de novo
Queremos ser poder
E ditar de vez a regra do jogo!
Autora: Vitória De Lima Santos
Esse poema está inscrito no Concurso RANKING POÉTICO Coletânea de poemas: www.bistrodomatuto.com/2021/10/concursoranking.html
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Vitória De Lima Santos
Muito brabo
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