Escolhi ser abóbora
A plantação de abóboras
Um combinado
Maravilhoso de amarelo e laranja.
De repente aquele sentimento que me prendia
Foi-se por um tempo.
Meu espírito apesar de ainda estar no meu corpo
Foi passear pelas plantações de
Abóboras.
Cabeças sem corpo que olhavam para mim
Não sinistramente,
Mas com piedade
Por eu ser humana.
Os cabelos de milho poderiam ser trançados
Se estivesse aqui comigo
Com certeza teria alguma ideia
De compor um quadro.
Exausta de mim mesma
Por que ainda estou aqui?
Sobrevivendo apesar de tudo?
Ah! Se essas dores matassem!
Como gostaria de ter-me ido...
Dormir de bruços
Para amassar o peito e passar a dor...
Quantas vezes fiz isso na minha vida?
Ela nunca passa por completo...
E quando volta é de arrebentar
Quantas esperanças perdidas?
Por que não morro de uma vez?
Odeio tudo isso.
Viver sem razão.
Sofrer, sofrer nas batidas do meu coração.
Ainda estou aqui.
Abrir os olhos e constatar
Que vivo é puro sofrimento
Fui feliz por alguns anos
Ah se soubesse quanta amargura isso iria me custar!
Agora cheia de espinhos, de mágoas, perambulo como um
Fantasma.
Autora: Maria Carolina Cabestre Gamba Yoshida
Esse poema está inscrito no Concurso RANKING POÉTICO Coletânea de poemas: www.bistrodomatuto.com/2021/10/concursoranking.html
Apoie as ações do BISTRÔ DO MATUTO : www.youtube.com/c/Bistr%C3%B4doMatuto
adquirindo nossos e-books:
E nossos livros:
https://loja.uiclap.com/?s=lunas+de+carvalho+costa&post_type=product
Comentários
Postar um comentário