O tempo
Ah, o tempo
é algoz
enferruja a pele
limita os movimentos
saca a paciência de nós
cassa-nos a voz
priva-nos da inocência
para nos arrebatar
é feroz.
Lenira Pereira.
Expiação
Expurgo esta ferida exposta
Expiação de minha culpa
De um querer além da carne
Será o meu castigo
idealizar o amor?
Seria exótico
neste tempo
ambiguo, exiguo
gastar o tempo
em busca de verdadeira estima?
Existiria em algum lugar,
alguém para compartilhar
o riso, a rima?
A parceria para segurar a lágrima
Um dançarino para dançar comigo
Um consolador, para eu fazer do colo abrigo
Que nada!
Todos os ismos são enganadores
e crescem feito praga.
Exorcismo todos os dias
esse demônio do idealismo
conforto-me no exílio de minha solidão
Expio meus pecados
retorno
ao catecismo.
Autora: Lenira Pereira
Esse poema está inscrito no Concurso RANKING POÉTICO Coletânea de poemas: www.bistrodomatuto.com/2021/10/concursoranking.html
Apoie as ações do BISTRÔ DO MATUTO : www.youtube.com/c/Bistr%C3%B4doMatuto
adquirindo nossos e-books:
E nossos livros:
https://loja.uiclap.com/?s=lunas+de+carvalho+costa&post_type=product
Comentários
Postar um comentário