Poema de Três partes - Antônio Campos

 Poema de Três partes 

I

Me chamaram de louco uma vez

Na verdade, talvez duas 

Acho que, no máximo, três 

Pessoas, essas afirmações suas...

Ah! as ruas, sob a luz da lua, as ruas 

Sob a do sol, a praia, mulheres seminuas

A lua, o sol também, cá entre vocês 

São a mesma luz, uma às 5, outra às 23

O homem, núcleo do próprio homem

Torna-se o ópio dos homens, e some

Como o sol, queima-se, queima o próprio [núcleo, queima o próprio homem

Sem nem sequer perceber que é a si [mesmo que consome

II

Ah! Jesus

De ti sou indigno

De ti me afastei

O mundo jaz no maligno

E eu jazo também

Ah! Jesus

Tu que morreste na cruz

Para o nosso bem

E eu, incrédulo restei

E além disso, muito além

Atenção não prestei

O pai já anunciara os signos

De tua volta

Bem-aventurados os dignos

De tua escolta

Ah! Jesus

E eu, revolta.

III

Seria este o vórtice

Que você disse que existe

O qual é negro e triste

Que você queria que eu visse

Bem-aventurado esse óbice

Que se apresenta a nós sempre em riste

Do seu destino não desiste

Resiste, como se eterno fosse

Autor: Antônio Campos


Autora: Maria Carolina Cabestre Gamba Yoshida


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