Caos - Betânia Costa




 CAOS


Uma notícia, indiferença

Fevereiro, carnaval

Em março, o CAOS.


O que estava distante se aproxima

Nas TVs, noticiário

Notícias de um inimigo imaginário?


Num toque, calafrio 

Derrepente muitas perdas

Angústias, incertezas.


Na liderança os desvaneios,

Divergências e apelos

Na varanda espetáculos

Muita música e panelaços.


Liberdade vigiada,

Prisioneiros invisíveis.


A astúcia tira proveito

O medo se precaver

A ganância se disfarça

Alimentando o egoísmo.


Mas no meio do caos surge um gesto


Um apoio, um consolo

Do homem de branco,

De tantos anônimos

Uma luz, uma esperança

Uma palavra de alento.


Gestos humanos se elevam

E os "heróis vestem branco"!


E o que sinto aqui dentro?


O medo da perda, será agora o meu fim?

O que fazer? Como fugir?

Só sei que nesse caos vou vivendo

Aproveitando o que tenho como se fosse a última chance

De amar, de estar, de sentir, de ser no meio do CAOS.


Betânia Costa.



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