eu canto essas canções desafinadas que apregoam desgraças
eu canto essas canções desafinadas que apregoam desgraças
eu canto: eu canto
a apatia dessa gente
eu canto a dissolução da terra,
que vai se exaurindo,
que sufoca e geme e chora
não é que não haja beleza no mundo
não é que não haja no homem qualquer centelha de bondade e humanidade
não, não é
é que todos os dias eu vejo aquele grande relógio que conta o fim dos dias
eu vejo
o tempo veloz e veloz passando e passando e parece que o ocaso não tarda
eu vejo
o mundo
eu vejo o homem
eu vejo a dança,
a agonia
o desandar
um dia será tarde
e todo choro de nada valerá
a metafísica não salva
Autor: Maximiliano da Rosa
Esse poema está inscrito no Concurso RANKING POÉTICO Coletânea de poemas: www.bistrodomatuto.com/2021/10/concursoranking.html
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