Não Existe Sanidade
Enquanto ostentava
a mácula de mais uma
de suas façanhas,
ele se masturbava com uma de suas patas, enquanto que, com a outra,
tamborilava, suja de sangue
sobre as vísceras de sua presa,
vítima indefesa natural,
mas, ainda viva,
que agora desfrutava do complexo
sono e da eternidade
que estava
por vir.
Estava prescrito na ignóbil existência.
Em sua aura podia-se perceber
a frivolidade de uma vida tola,
sem proposito e sem validade.
Ele nasceu do cruzamento
de duas perturbações humanas.
Um casal de malucos
cheios de delírios.
Era também, fruto de uma
depravação miserável
que vingaria com resistência
as Intempéries do destino. E
que a única missão
era aniquilar
as pobres almas sombrias...
As vítimas?
Geralmente carentes,
frustradas e inseguras...
Pessoas frágeis...
Presas fáceis
Para os galanteios
pobres e nocivos.
Naquela época, a razão dose deus,
estava no que era belo.
Eis, o motivo para uma salvação!
Mas, não!
Não para ele.
Mas, para o crime.
Antes do crime...
Isso não estava declarado
quando percebeu que
a linha se fora quase toda,
podia notar no carretel
onde outrora ela se enrolava
com toda magnitude de sua utilidade.
Como a linha
estava o amor para ele,
sucumbia comedido,
deslizando com pesar,
antes que a sensação da morte
o deixasse atordoado para sempre.
Ele quando não estava bêbado,
era um homem tranquilo!
Autor: Zé Armando
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