Sonho
Comíamos bolachinhas
E tomávamos chazinho
Enquanto meu gato dormia na mesa
Enrolado na forma de croissant.
A sua gatinha estava aconchegada nos meus pés...
Tirei até os sapatos,
Senti o calor do corpinho roliço dela.
Sorrimos um para o outro
Cúmplices dessa fábula.
Ela apareceu.
Os gatos continuaram em suas exatas
Posições.
Somente você ficou desconcertado.
Novamente entre eu e ela.
Entendo. Você escolheu a mais fraca?
Ou a mais manipuladora?
Quem era quem afinal?
Levantei-me atrapalhando o conforto dos gatos.
Fui enxugar as lágrimas na janela
“ Estou olhando a rua” Você sabia que não.
Ouvi a voz dela
E a sua voz.
A melodia não tinha graça.
Manipulados!
Eu e você. Sem saída.
A sua gatinha roçou a minha perna
O gatinho que dormia na mesa, acordou
E tomou outra posição, esticado.
Nós dois presos a uma sinfonia de pincéis e gatos!
Vocês enredaram numa conversa...
Saí de fininho como sempre
Eu era a outra, a segunda,
Apesar de ter a certeza
De que que cheguei antes dela.
Nos conhecemos há mais tempo
Há muito mais
Você sabe...
Ela surgiu no meio de nossa história
Coitada! Pois é!
Escolhi novamente a distância
Para dar lugar a uma pessoa que não merecia
Que lamento! Nos conhecemos há tantos anos...!
Quantos MAS aí nesse meio!
Vou deixar que ela tenha a chance de amá-lo,
De que o veja sorrir mais do que eu.
Sei que me ama o bastante
Sei que estamos fadados um ao outro,
Não importa quem surja.
Estarei lá em algum lugar nem tão perto nem tão longe, preparada para você.
Autora: Maria Carolina Cabestre Gamba Yoshida
Esse poema está inscrito no Concurso RANKING POÉTICO Coletânea de poemas: www.bistrodomatuto.com/2021/10/concursoranking.html
Apoie as ações do BISTRÔ DO MATUTO : www.youtube.com/c/Bistr%C3%B4doMatuto
adquirindo nossos e-books:
E nossos livros:
https://loja.uiclap.com/?s=lunas+de+carvalho+costa&post_type=product
Comentários
Postar um comentário